sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Poesia Parnasiana


POESIA PARNASIANA
O parnasianismo é uma estética literária de caráter poético, que reagiu contra os abusos sentimentais dos românticos. A poesia parnasiana voltada para onde há o ideal da perfeição estética e a sublimação da "arte pela arte". Parnasse (em português, parnaso e daí parnasianismo): origina-se de Parnassus, região montanhosa da Grécia. Alguns críticos chegaram a considerar o parnasianismo uma espécie de realismo na poesia. Tal aproximação é suspeita as duas correntes apresentam visões de mundo distintas. O autor realista percebe a crise da ‘síntese burguesa’, já não acredita em nenhum dos valores da classe dominante e a fustiga social e moralmente. Em compensação o autor parnasiano mantém uma soberba indiferença frente aos dramas do cotidiano, isolando-se na "torre de marfim", onde elabora teorias formalistas de acordo com a inconseqüência e o hedonismo das frações burguesas vitoriosas.
PRINCIPAIS POETAS
TRINCA PARNASIANA - Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Raimundo Correia.

OLAVO BILAC - apresentou poesias de temas variados, como o lirismo amoroso, a morte, a velhice, a existência humana, além da História Antiga e do Brasil. Conhecido como o "príncipe dos poetas brasileiros".
obras: "Via Láctea", "Sarças de Fogo".
ALBERTO DE OLIVEIRA - o "mais parnasiano"; escreveu poemas sentimentais, descritivos e satíricos.
obras: "Vaso Grego", "Vaso Chinês", "Obras Parnasianas".
RAIMUNDO CORREIA - suas obras apresentam reflexões de ordem moral e social, com versos pessimistas e filosóficos.
obras: "As Pombas", "A Cavalgada".


Parnasianismo
Parnasianismo foi um movimento literário que surgiu na França, na metade do século XIX e se desenvolveu na literatura européia, chegando ao Brasil. Esta escola literária foi uma oposição ao romantismo, pois representou a valorização da ciência e do positivismo
O nome parnasianismo surgiu na França e deriva do termo "Parnaso", que na mitologia grega era o monte do deus Apólo e das musas da poesia. Na França, os poetas parnasianos que mais se destacaram foram: Théophile Gautier, Leconte de Lisle, Théodore de Banville e José Maria de Heredia.
Características do Parnasianismo
- Objetividade no tratamento dos temas abordados.;
- Impessoalidade: a visão do escritor não interfere na abordagem dos fatos;
- Valorização da estética e busca da perfeição. A poesia é valorizada por sua beleza em si e, portanto, deve ser perfeita do ponto de vista estético;
- Rimas esteticamente ricas;
- Uso de linguagem rebuscada e vocabulário culto;
- Temas da mitologia grega e da cultura clássica ;
- Preferência pelos sonetos;
- Valorização da metrificação: o mesmo número de sílabas poéticas é usado em cada verso;
- Uso e valorização da descrição das cenas e objetos.


Representantes Parnasianistas:
- Alberto de Oliveira
- Raimundo Correia.
- Olavo Bilac. - Francisca Júlia.
- Vicente de Carvalho.
P.S ; Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Raimundo Correia formaram a chamada "Tríade Parnasiana".
Exercícios
  01. Assinale a alternativa que tenha apenas características do Parnasianismo:
 a)     culto da forma; objetivismo; predomínio dos elementos da natureza;
b)      preocupação com a forma, com a técnica e com a métrica; presença de              rimas ricas, raras, preciosas;
c)      predomínio do sentimentalismo; vocabulário precioso; descrições de objetos;
d)      teoria da arte pela arte; métrica perfeita; busca do nacionalismo;
e)      sexualidade; hereditariedade; meio ambiente.
 
02.(MACKENZIE) Não caracteriza a estética parnasiana:
 a)  A oposição aos românticos e distanciamento das preocupações sociais dos realistas.
b)      A objetividade, advinda do espírito cientificista, e o culto da forma.
c)      A obsessão pelo adorno e contenção lírica.
d)      A perfeição formal na rima, no ritmo, no metro e volta aos motivos clássicos.
e)      A exaltação do “eu” e fuga da realidade presente.
A vingança da porta
Era um hábito antigo que ele tinha:
entrar dando com a porta nos batentes
— "Que te fez esta porta?" a mulher vinha
e interrogava... Ele, cerrando os dentes:

— "Nada! Traze o jantar." — Mas à noitinha
calmava-se; feliz, os inocentes
olhos revê da filha e a cabecinha
lhe afaga, a rir, com as rudes mãos trementes.

Uma vez, ao tornar à casa, quando
erguia a aldrava, o coração lhe fala
— "Entra mais devagar..." Pára, hesitando...

Nisso nos gonzos range a velha porta,
ri-se, escancara-se. E ele vê na sala
a mulher como doida e a filha morta.
Alberto de Oliveira



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