sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Poema Parnasiano - Análise


Poema Parnasiano - Análise

MAL SECRETO
(Raimundo Correia)

Se a cólera que espuma, a dor que mora
N'alma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo o que punge, tudo o que devora
O coração, no rosto se estampasse;

Se se pudesse o espírito que chora,
Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez, que inveja agora
Nos causa, então piedade nos causasse!

Quanta gente que ri, talvez, consigo
Guarda um atroz, recôndito inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!

Quanta gente que ri, talvez existe,
Cuja ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!

.

Análise:

Tipo de Poema:
Soneto Parnasiano


Recursos sonoros e visuais:
O ritmo marcado pela sonoridade, especialmente nas palavras tônicas, e nas rimas a marca do tom consistente e forte.


Do que trata o poema:
Um visão de que a alma transmite o que sente mente transmite, no entanto, muitos possuem a mascara que esconde esta realidade. A fuga como se olhar olho no olho não diria verdade alguma, visto que os casais que o fazem, muitas vezes se enganam, pois os olhos que choram, nem sempre é de tristeza, mas de muita alegria! Paradigma.


Contexto histórico:
Século XIX logo após a morte de Victor Hugo que havia se dado em 1885 e que dizem ter sido quem influenciou a poesia de Raimundo Correia, como seus contemporâneos de expressão que fazia parte deste grupo seleto de grandes poetas como Olavo Bilac e Fernando Amaro.

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